Balanços nos EUA: Revelações sobre custos ocultos da Inteligência Artificial.

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Impacto da corrida por supremacia em inteligência artificial nos recursos hídricos dos EUA.

A competição por liderança em inteligência artificial está exercendo pressão crescente nos suprimentos de água dos Estados Unidos. Gigantes de tecnologia como Meta, Microsoft, Google e Amazon investiram tanto em data centers no primeiro semestre de 2025 que impactaram o equivalente ao PIB em gastos do consumidor, conforme relatório da UBS divulgado nesta segunda-feira. Cada data center consome 5 milhões de galões de água diariamente – o suficiente para abastecer uma cidade de 50.000 habitantes.

A explosão na demanda por data centers está relacionada ao processamento de IA, que consome mais energia que aplicações tradicionais. De acordo com a Xylem, em algumas situações, os data centers não conseguem obter água municipal, evidenciando limitações na infraestrutura hídrica americana.

No segundo trimestre, a Vertiv Holdings registrou recorde de US$ 3 bilhões em pedidos, sendo 70% direcionados a data centers. A Baker Hughes vendeu 69 turbinas nesse período, com mais de 70% destinadas a projetos de data centers. A Southern Company projeta mais de 50 gigawatts somente em demanda de data centers para o futuro.

A busca de soluções

Diante desse cenário, data centers já procuram água de superfície como alternativa, enquanto municípios relatam pressão crescente no abastecimento e utilities admitem não conseguir prover água suficiente para todos os projetos.

A Veralto Corp aponta que a infraestrutura destinada ao crescimento tecnológico e de inteligência artificial vai aumentar ainda mais a pressão sobre os recursos hídricos, afetando não apenas o setor tecnológico, mas toda a cadeia de infraestrutura.

Desafios e consequências

Paralelamente ao desafio hídrico, empresas que se comprometem com “100% de energia renovável” estão recorrendo a combustíveis fósseis para atender à demanda crescente. A geração a gás natural está sendo cada vez mais utilizada para alimentar data centers, o que tem levado a aumentos de até 10% nas tarifas do mercado elétrico dos EUA.

Projeções para os próximos anos indicam um crescimento acelerado, com a necessidade de novas gerações de energia e um aumento significativo na demanda de pico. A demanda por IA está se expandindo muito mais rapidamente do que a capacidade de infraestrutura hídrica e energética, gerando um cenário onde os recursos hídricos essenciais são direcionados para sustentar a infraestrutura tecnológica.

O que sabemos até agora

  • Grandes empresas de tecnologia estão impactando os recursos hídricos dos EUA com a expansão de seus data centers.
  • A demanda por data centers e o processamento de IA têm gerado pressão sobre os suprimentos de água e a infraestrutura energética.
  • A busca por soluções sustentáveis e o aumento da utilização de combustíveis fósseis estão entre os desafios enfrentados nesse cenário.

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Camila Almeida
Camila Almeida
Jornalista cultural apaixonada por gastronomia e eventos de São Paulo.

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