Articulação de Bolsonaro e Eduardo para coagir STF e driblar investigações: revelações.

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PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro por coação e obstrução em investigação de tentativa de golpe em 2022

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de organização criminosa, no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.

O relatório final foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal.

Além de apontar interferência direta nas investigações, a PF detalha uma ofensiva internacional coordenada entre pai e filho, que envolveu pressão por sanções econômicas dos EUA, o uso de dinheiro enviado por apoiadores via Pix e até um rascunho de pedido de asilo político à Argentina.

Atuação nos Estados Unidos

Conforme o relatório, Eduardo Bolsonaro atuou ativamente nos Estados Unidos para convencer aliados do ex-presidente Donald Trump a aplicar sanções contra ministros do STF, da PGR e da Polícia Federal, com o argumento de que seu pai estaria sendo alvo de perseguição política.

A estratégia, segundo a PF, visava condicionar a retirada das sanções à aprovação de uma “anistia ampla, geral e irrestrita” no Brasil e à responsabilização de ministros do Supremo.

Para os investigadores, o ápice da articulação se deu em julho de 2025, quando o governo Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que os investigadores afirmam ter ligação direta com a atuação do deputado.

Transferência de recursos e asilo político

O relatório também indica que Jair Bolsonaro transferiu cerca de R$ 2 milhões via Pix ao filho, valores oriundos de campanhas de arrecadação entre apoiadores no Brasil. As mensagens revelam que ele participava ativamente da elaboração de notas públicas e discursos para reforçar a ofensiva internacional de Eduardo.

Outro ponto destacado pela PF é a descoberta de um rascunho de pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei, salvo no celular do ex-presidente em fevereiro deste ano. O documento, segundo os investigadores, teria sido redigido por Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro, e justificava o asilo com base em “perseguição política” e “delitos essencialmente políticos.”

O que sabemos até agora

  • PF indica Jair e Eduardo Bolsonaro por coação e obstrução
  • Indícios de ofensiva internacional coordenada entre pai e filho
  • Transferência de R$ 2 milhões via Pix e rascunho de pedido de asilo político à Argentina

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Mariana Raquel Oliveira
Mariana Raquel Oliveira
Redatora focada em histórias humanas e tendências locais.

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