Brasileiras participaram da IV Conferência Mundial Sobre a Mulher em Pequim, há 30 anos.
No início de setembro de 1995, a conferência mobilizou 17 mil pessoas, gerando uma plataforma de ação assinada por 189 países, um marco na construção da igualdade de gênero. Foi a quarta conferência dedicada às mulheres.
O Brasil, então liderado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), não possuía um ministério da mulher. Na delegação do país, destacaram-se Ruth Cardoso e Rosiska Darcy de Oliveira. Parlamentares, juristas, acadêmicas e representantes de diversas organizações estiveram presentes.
O evento encerrou uma história marcante para o movimento de mulheres no Brasil, fortalecido durante a redemocratização do país. O Brasil teve papel relevante ao cobrar inclusão de direitos sexuais e reprodutivos no documento final, desafiando o Vaticano e o governo chinês.
A plataforma de ação da conferência foi um marco ao incluir o conceito de “empoderamento feminino”, transformando o debate sobre igualdade de gênero e violência. Atualmente, há 1583 leis no mundo contra a violência de gênero, sendo a Lei Maria da Penha um legado dessa conferência.
A importância da IV Conferência permanece evidente diante de desafios contemporâneos como o feminicídio e a misoginia online, destacando-se como uma referência para enfrentar retrocessos e desafios atuais.
O que sabemos até agora
- IV Conferência Mundial Sobre a Mulher ocorreu em Pequim, em setembro de 1995.
- Evento mobilizou 17 mil pessoas e resultou em uma plataforma de ação assinada por 189 países.
- Legado da conferência inclui avanços na legislação contra a violência de gênero e o conceito de empoderamento feminino.
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