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Institucionais: Julgamento de Bolsonaro em mudanças históricas.

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O julgamento da conspiração em xeque: análise histórica e desdobramentos

O caráter histórico do julgamento da conspiração tem sido reiterado por analistas de diversas matizes. O controle civil sobre os militares é apontado por Douglass North e coautores como uma das pré-condições fundamentais para a transição a uma “ordem social de acesso aberto”, ao lado do império da lei e das organizações impessoais.

Julgamentos e condenações de presidentes por golpes ou corrupção têm se tornado mais frequentes em todo o mundo, incluindo na Europa. Estudos mostram uma mudança qualitativa e quantitativa a partir dos anos 1990, com a proporção de líderes condenados subindo de cerca de 2% para 9%. Além disso, as condenações criminais estão se tornando mais comuns, enquanto a punição violenta e arbitrária tem diminuído significativamente.

O eixo da responsabilização tem se deslocado com o tempo de golpes para a corrupção, como subornos, enriquecimento ilícito e manipulação de recursos estatais. O julgamento do golpe em questão representa uma potencial reversão desse movimento, sendo abortado endogenamente, o que sugere resiliência do estamento militar e novas dinâmicas institucionais.

A aplicação do império da lei e a punição a setores da elite política e empresarial no mensalão foram históricas, alcançando a cúpula do poder e mantendo a presidente de um banco em regime fechado por três anos. Esse padrão de responsabilização é significativamente distinto do histórico de impunidade, apontando mudanças no cenário político.

A análise desse julgamento e seus desdobramentos aponta para desafios, retrocessos e potenciais nulidades anômalas, semelhantes aos observados em casos como a Lava Jato. O contexto político atual demanda atenção às garantias democráticas e à separação de poderes, diante de um cenário de hiperpartidarismo e conflitos institucionais.

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