O caso Saul Klein e a falsificação de documentos
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou o arquivamento de um inquérito que investigava uma suposta falsificação de documentos assinados por Samuel Klein, o fundador das Casas Bahia. Uma briga pela herança se arrasta entre os irmãos Michael, Eva e Saul desde a morte do bilionário em 2014.
Entenda o caso
O inquérito que apurava a suposta falsidade nas assinaturas foi iniciado em 2023 a partir de uma requisição do Promotor de Justiça Marcos Hideki Ihara. Saul alegava a falsificação das assinaturas atribuídas ao pai. Durante a investigação, Saul e Michael apresentaram laudos técnicos contrários contestando e sustentando a autenticidade das assinaturas, respectivamente.
No inquérito, Saul acusou Michael de falsificar assinaturas do pai para ficar com mais da herança bilionária. A promotora de Justiça Karla Regis Bugarib baseou o arquivamento em perícia grafotécnica que confirmou a autenticidade das assinaturas. Os peritos analisaram contratos e o testamento, concluindo que não havia sinais de falsidade. Além da autoria da falsificação, o inquérito buscava investigar suas consequências, como a não distribuição de dividendos e a venda de bens da empresa.
Na decisão de arquivamento, a promotora mencionou que o Estado perdeu o direito de punir Michael devido ao tempo decorrido desde o suposto crime. Michael se defendeu alegando que o pedido de Saul, baseado em internação na UTI, era “malicioso” e sem fundamentos atuais, procurando beneficiar uma empresa na partilha da herança.
Petição contra Saul Klein
Michael entrou com uma petição contra Saul, acusando-o de litigância de má-fé por um pedido considerado malicioso e baseado em fatos inexistentes, relacionados a uma internação às pressas. A petição, datada de agosto de 2025, pede a negativa do adiantamento e a apresentação do prontuário médico completo de Saul para averiguar a veracidade da internação, além da condenação por litigância de má-fé.
A defesa de Michael não se pronunciou, e a de Saul não respondeu ao g1 até o fechamento desta reportagem.
O que sabemos até agora
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