O Ibovespa encerrou a sexta-feira com forte valorização de 2,57%, aos 137.968,15 pontos, chegando a tocar os 138 mil pontos durante o pregão; o dólar à vista recuou e fechou em R$ 5,4258 (queda de 0,97%). O volume financeiro somou R$ 20,85 bilhões antes dos ajustes finais e o índice acumulou alta de 2,81% na semana, refletindo recuperação após queda superior a 2% em momentos anteriores.
O discurso de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole foi o principal gatilho: o presidente do Fed destacou que a taxa básica dos EUA está mais próxima do neutro do que há um ano e deixou o mercado mais confiante em cortes futuros (intervalo atual da taxa no país citado: 4,25%–4,50%). Analistas, como Daniel Teles (Valor Investimentos), interpretaram o tom como positivo, gerando alívio global e impacto direto na curva de juros e no câmbio.
No cenário doméstico, a alta foi ampla entre cíclicas e bancos: Natura (NATU3) liderou as valorizações com salto de mais de 8%; entre os bancos, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 4,42%, Itaú (ITUB4) subiu cerca de 2,5%, Bradesco (BBDC3/BBDC4) cerca de 2,7%, Santander (SANB11) mais de 2,5% e BTG Pactual (BPAC11) por volta de 1,5%. Petrobras foi a ação mais negociada, também beneficiada pelo desempenho do petróleo no mercado internacional. Em política econômica, o governo detalhou um plano de contingência para setores afetados por tarifas de importação dos EUA, e o BNDES anunciou R$ 10 bilhões complementares em financiamentos, além dos R$ 30 bilhões já anunciados.
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