Carne nos EUA: Preço explodindo e bife inacessível com tarifaço de Trump.

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Os preços da carne nos Estados Unidos atingiram níveis históricos em julho de 2025, com o preço médio dos bifes crus chegando a R$ 143 por quilo e a carne moída a R$ 76 por quilo. A alta nos preços é resultado da combinação de uma drástica redução do rebanho bovino americano, o menor em décadas, e as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump sobre as importações de carne, especialmente do Brasil. Além disso, as restrições ao gado mexicano devido à praga “bicheira do Novo Mundo” agravaram ainda mais a escassez de oferta, pressionando os preços para cima.

A redução no rebanho bovino americano foi notável, com o número de cabeças caindo para 94,2 milhões em 2025, o menor nível desde 1951. As secas prolongadas e a alta no custo das rações para o gado também contribuíram para o aumento de preços. O impacto é visível tanto nos supermercados quanto nas redes de fast food, que têm lidado com custos mais altos devido à escassez.

O Impacto do tarifaço de Trump e a crise do mercado americano

As tarifas impostas pelo governo Trump, especialmente as de 50% sobre a carne brasileira, intensificaram ainda mais a crise no mercado. O Brasil, que respondeu por 27% das importações de carne bovina dos EUA em 2025, viu suas exportações despencarem após o aumento das tarifas. De abril a julho de 2025, as exportações brasileiras caíram 80%, de 47,8 mil toneladas para 9,7 mil toneladas, o que agravou a escassez nos mercados americanos.

Wesley Batista Filho, CEO da JBS USA, alertou que a carne magra brasileira, que era essencial para a produção de hambúrgueres nos EUA, não tem substitutos imediatos. A Austrália, outro grande fornecedor, não possui a capacidade para suprir a demanda do mercado norte-americano. Isso tem forçado redes de fast food a recorrerem a cortes nobres de carne americana, o que eleva ainda mais o custo final para os consumidores.

As Consequências para os Consumidores

Os consumidores americanos enfrentam preços recordes em cortes populares de carne. Além disso, o impacto não se limita às compras em supermercados. Redes de fast food, como o Shake Shack, já alertaram que o aumento no custo da carne deve afetar seus lucros em 2025. Para contornar essa alta, grandes varejistas como o Walmart começaram a investir na produção interna de carne bovina, criando unidades próprias de produção no Kansas para reduzir os custos. Contudo, analistas da indústria acreditam que a alta nos preços vai persistir até que o rebanho seja recomposto, o que pode levar anos.

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Camila Almeida
Camila Almeida
Jornalista cultural apaixonada por gastronomia e eventos de São Paulo.

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