Descoberta inédita revela diversidade de fauna ártica há 75 mil anos: Pesquisadores europeus encontram restos de 46 espécies de animais em caverna na Noruega, incluindo animais considerados impossíveis na região.
Em uma caverna na costa norte da Noruega, cientistas descobrem fósseis de 46 espécies de animais que habitavam o Ártico europeu há cerca de 75 mil anos, revelando um retrato antigo da vida selvagem durante um dos períodos mais quentes da Era Glacial.
O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), foi conduzido por pesquisadores da Noruega e do Reino Unido, trazendo à tona informações valiosas sobre a reação da fauna ártica a mudanças climáticas extremas, e os desafios enfrentados pelas espécies com o aquecimento global.
Variedade de espécies surpreende em descoberta na Noruega
Os fósseis encontrados incluem restos de urso-polar, morsa, baleia-da-Groenlândia, fradinho, êider-edredão, lagópode-branco, bacalhau-do-Atlântico, botos e até ossos de lêmures-de-colar, uma espécie extinta nunca antes registrada na Escandinávia.
A caverna, conhecida como Arne Qvamgrotta e descoberta na década de 1990, revela evidências de uma costa norueguesa quase livre de gelo, possibilitando condições ideais para a presença de animais migratórios, como as renas.
No entanto, a volta do gelo resultou na extinção de diversas espécies, destacando os desafios enfrentados por animais adaptados ao frio diante de grandes variações climáticas. Os cientistas alertam para o risco maior imposto pelo aquecimento global aos habitats árticos atuais, mais fragmentados do que no passado.
O que sabemos até agora
- Descoberta de fósseis de 46 espécies de animais no Ártico europeu há 75 mil anos.
- Registro mais antigo de uma comunidade animal durante um período quente da Era Glacial.
- Indicações valiosas sobre a adaptação da fauna ártica a mudanças climáticas extremas.
- Perigo crescente ao qual espécies adaptadas ao frio estão expostas com o aquecimento global.
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