Desempenho fraco no varejo: entenda alerta aos investidores.

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Alerta para o varejo: atividade econômica enfraquece após dois meses seguidos de resultados fracos

O Índice de Atividade Diária do Itaú (Idat) emitido pelos analistas do Itaú BBA sinaliza um cenário de preocupação para o varejo brasileiro. Junho apresentou queda, indicando uma possível desaceleração no segundo semestre, especialmente para empresas de consumo listadas em bolsa. Investidores já estão mais cautelosos, reduzindo exposição às ações do setor varejista.

No segmento de vestuário, o Idat-vestuário apontou um crescimento de 3% em julho, ante 7% em junho e 9% no segundo trimestre. Lojas Renner e C&A foram afetadas pela elevada base de comparação do ano anterior, quando condições climáticas extremas impulsionaram as vendas. A Guararapes, controladora da Riachuelo, teve um desempenho inferior no mês, com um impacto menos significativo do inverno em suas operações, o que pode resultar em uma desaceleração menos acentuada no terceiro trimestre em comparação com seus concorrentes.

No setor farmacêutico, houve uma perda de dinamismo em relação ao segundo trimestre, porém as vendas de medicamentos da classe GLP-1 seguem contribuindo positivamente para o faturamento. Enquanto a Raia Drogasil cresceu 6,2% em julho, Panvel e Pague Menos também apresentaram recuos, apesar de ganharem participação de mercado.

Setores em destaque

O desempenho do setor de cosméticos foi um dos mais frágeis, com um crescimento de apenas 0,4% em julho frente ao mesmo mês do ano passado. O setor de joias teve um avanço de 5,4%, enquanto o de academias registrou uma alta de 5,1% em julho. No segmento de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, o índice Idat-LJQQ caiu 8,6%.

O que sabemos até agora

  • O varejo brasileiro enfrenta um cenário desafiador, indicando possíveis meses mais fracos no segundo semestre, especialmente para empresas ligadas ao consumo
  • Setores como vestuário e farmacêutico mostraram desaceleração em julho, impactando empresas como Lojas Renner, C&A e Raia Drogasil
  • O setor de cosméticos apresentou um dos piores resultados, enquanto joias e academias tiveram desempenhos distintos

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Pedro Augusto
Pedro Augusto
Analista de economia e negócios com olhar para a capital paulista.

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